domingo, 21 de fevereiro de 2010

Definição

Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas (disritmia cerebral paroxística). Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente. Etimologia A palavra epilepsia vem do grego epilepsia, 'doença que provoca repentina convulsão ou perda de consciência', pelo latim epilepsia. Ocorrência Estima-se que 50 milhões de pessoas no mundo já tiveram ao menos uma crise de epilepsia. Pode iniciar-se em qualquer idade, mas é mais comum até aos 25 e depois dos 65 anos. Também se observa uma leve diferença entre os sexos: há mais homens que mulheres com epilepsia. Causas Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores. Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. O eletroencefalograma (EEG) pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise. Existe uma discussão sobre a “personalidade epiléptica” no sistema legal, mas de um modo geral o epiléptico não deve ser considerado inimputável. Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por "sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65 % dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a chamada epilepsia "idiopática". Emprega-se o termo epilepsia "criptogénica" quando se suspeita da existência de uma causa mas não se consegue detectar a mesma. Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se a uma lesão cerebral causada por Traumatismo provocado por acidente físico, num Tumor, numa Infecção, no Parasita cisticerco, num Parto mal feito ou numa Meningite, embora em menor freqüência pode ser Genético, significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose que é causada pela ingestão de cistos provenientes da Taenia solium (transmitidos na ingestão da carne de porco mal-cozida), adquirindo em alimentos contaminados costumeiramente fazem parte da alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia. Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas: * mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas têm ataques quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas) * privação de sono * ingestão alcoólica * febre * ansiedade * cansaço * algumas drogas e medicamentos * Verminoses (como a neurocisticercose) Estigma e preconceito A epilepsia é conhecida desde a Antigüidade e já foi associada a factores divinos e demoníacos. Independente do fator, no entanto, as crises epilépticas, principalmente as generalizadas, sempre assustaram muito as pessoas que as presenciam, fazendo com que o epiléptico tenha que enfrentar, no decorrer de sua vida, um obstáculo difícil de transpor: o de ser socialmente estigmatizado. Segundo o presidente da Sociedade de Neurologia Pediátrica Mexicana, Jesus Gómez-Placencia, em artigo publicado na revista Cérebro & Mente, 75% dos pacientes epiléticos iniciam suas crises antes dos 18 anos. E para a criança com epilepsia, sofrer o estigma chega a ser pior que a própria doença. Ele alerta para a importância de se efetuar o diagnóstico o mais cedo possível, para que se estabeleça o tratamento adequado, e para que possam ser trabalhados os aspectos psico-sociais relevantes para a reintegração do paciente a seu núcleo familiar, escolar e social. "Em todos os países, a epilepsia representa um problema importante de saúde pública, não somente por sua elevada incidência, mas também pela repercussão da enfermidade, a recorrência de suas crises, além do sofrimento dos próprios pacientes devido às restrições sociais que na maioria das vezes são injustificadas", afirma o neurologista, que também é professor da Universidade de Guadalajara, no México. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Epilepsia

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Afinal, o que vem a ser uma convulsão???

Uma convulsão é um fenômeno electro-fisiológico anormal temporário que ocorre no cérebro e que resulta numa sincronização anormal da actividade eléctrica neuronal. Estas alterações podem reflectir-se a nível da tonacidade corporal (gerando contrações involuntárias da musculatura, como movimentos desordenados, ou outras reações anormais como desvio dos olhos e tremores), alterações do estado mental, ou outros sintomas psíquicos. Dá-se o nome de epilepsia à síndrome médica na qual existem a convulsões recorrentes e involuntárias, embora possam ocorrer convulsões em pessoas que não sofrem desta condição médica.
Tipos de convulsões
* A crise convulsiva é generalizada quando há movimentos de braços e pernas, desvio dos olhos e liberação dos esfíncteres associada à perda da consciência. * É denominada focal simples, quando as contrações acontecem em um membro do corpo (braço, perna) e não fazem com que a pessoa perca a consciência. Se houver perda da consciência associada à contração de apenas um membro damos o nome de focal complexa. * As crises podem se apresentar ainda como uma "moleza" generalizada no corpo da pessoa; estas são as crises atônicas. * A crise de ausência se caracteriza pela perda da consciência, em geral sem quedas e sem atividade motora. A pessoa fica com o “olhar perdido” por alguns momentos.

O Eletroencefalograma (EEG)

A Eletroencefalografia (EEG) é o estudo do registro gráfico das correntes elétricas desenvolvidas no encéfalo, realizado através de eletrodos aplicados no couro cabeludo, na superfície encefálica, ou até mesmo dentro da substância encefálica.

Minha relação com a Epi... (parte I)

A Epi surgiu na minha vida quando eu tinha apenas 5 aninhos... Meus pais não sabiam nada sobre a doença, logo, meu diagnóstico demorou a aparecer. Me levaram em vários médicos, de diversas especialidades, até que um deles sugeriu que me levassem a um neurologista. Foi aí que fomos visitar o Dr. Luiz Roberto, meu médico e anjo-da-guarda, que foi logo solicitanto um EEG. A notícia veio como uma nuvem escura... o que vem a ser exatamente a Epilepsia??? Se nos dias de hoje ainda é difícil falar sobre o tema, imaginem há 20 e alguns anos atrás!! Junto com o diagnóstico, veio a prescrição do medicamento... Fenobarbital 100mg, também conhecido por Gardenal (e não Gadernal, como ouço muito por aí!!) Na época eu não entendia bem o que se passava (até pq era muito criança...) e achava que aquele era um comprimidinho como outro qualquer. Longos anos se passaram, até que na escola tinha uma garotinha na minha classe que também tinha Epi, e como as crises dela eram bastante frequentes, ela teve algumas crises em sala de aula. Foi aí que comecei a ouvir as piadinhas a respeito do "gadernal". O engraçado é mesmo tomando o mesmo remedinho que a minha colega, eu nunca me senti atingida pelas piadinhas imbecis. Cinco anos se passaram, não tive mais nenhuma crise e o médico foi reduzindo a dosagem do medicamento, até que me deu alta do tratamento...

Sobre a definição...

Teoria é sempre teoria. Na prática, todo mundo sabe que cada caso é um caso.. Por isso decidi criar este espaço... para compartilhar idéias, opiniões, sentimentos, e principalmente, experiências. Epiléticos e não-epiléticos, sejam bem vindos!!!